Na segunda-feira (27), a Virgin obteve uma licença para operar na base de Alcântara, no Maranhão, de acordo com o jornal O Globo. O país terá uma subsidiária da empresa e poderá lançar foguetes ao espaço a partir de seu território.
A companhia de Branson está trazendo o sistema LaunchedOnde, "que dará oportunidade à Alcântara de se tornar um dos únicos portos espaciais continentais do mundo capazes de atingir qualquer inclinação orbital", segundo nota da Virgin citada pelo jornal.
Ainda de acordo com a empresa, até agora, a base brasileira foi palco apenas de lançamentos de foguetes para voos suborbitais. Isso significa que as espaçonaves não entraram na órbita da Terra, elas subiram e voltaram ao chão, fazendo uma curva.
Todo o equipamento da companhia britânica necessário para realizar um lançamento em órbita é transportável, desde o foguete, até os ativos terrestres que o preparam para o voo, bem como a própria aeronave. Por isso, não há necessidade de qualquer outra construção além da base aérea brasileira, segundo a Virgin.
Branson disputa com os empresários Musk e Bezos uma corrida espacial, e seu primeiro voo ao espaço ocorreu em julho de 2021, poucos dias antes do realizado por Bezos e alguns meses antes do capitaneado pela Space X, fundada por Musk.
O anuncio do investimento do bilionário britânico acontece um mês após a visita de Musk ao Brasil, quando foi recebido pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), e fechou acordo para conectar 19 mil escolas e monitorar a Amazônia através de sua empresa Starlink, ao mesmo tempo que conversou com a FAB sobre o uso da base de Alcântara, conforme noticiado.