Panorama internacional

EUA devem parar toda a 'interação oficial com Taiwan', adverte China

Pequim instou os EUA a deixarem de apoiar Taipé e cumprirem o princípio de Uma Só China e os comunicados conjuntos sino-americanos, de forma a não apoiar as "forças separatistas da 'independência de Taiwan'".
Sputnik
Os EUA devem cessar toda a interação oficial com Taiwan, que envia um "sinal errado" aos "separatistas taiwaneses", disse na terça-feira (28) o Ministério das Relações Exteriores da China.
Zhao Lijian, porta-voz do ministério, foi solicitado a comentar a Iniciativa EUA-Taiwan no Comércio do Século XXI, um programa bilateral anunciado no início de junho, que Washington disse ser "destinado a desenvolver formas concretas de aprofundar a relação econômica e comercial" entre os EUA e Taiwan.
"A China se opõe firmemente a todas as formas de interação oficial entre a região de Taiwan e países que tenham laços diplomáticos com a China, incluindo a negociação ou a conclusão de acordos com implicações de soberania e de natureza oficial", reiterou ele em um briefing aos jornalistas.
"Há apenas uma China no mundo. Taiwan é uma parte inalienável do território da China. O governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China", sublinhou Lijian, apelando aos EUA para que sigam o princípio de Uma Só China e as estipulações dos comunicados conjuntos sino-americanos que levaram ao estabelecimento das relações entre os dois países.
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Os EUA, disse Zhao, devem "parar todas as formas de interação oficial com Taiwan, parar de negociar acordos com implicações de soberania e de natureza oficial, e se abster de enviar qualquer sinal errado para as forças separatistas da 'independência de Taiwan'".
"As autoridades do DPP [Partido Progressista Democrático, partido governista de Taiwan] precisam desistir da ideia de que poderiam buscar a independência com o apoio dos EUA, caso contrário, quanto mais alto eles pularem, mais duramente cairão", advertiu.

China sobre a OTAN

O porta-voz também chamou a decisão da OTAN de rotular a China como um "desafio sistêmico" um "produto da Guerra Fria" com um "conceito de segurança ultrapassado", usado como "uma ferramenta para um determinado país manter a hegemonia".
"O chamado novo conceito estratégico da OTAN é apenas 'vinho velho em uma nova garrafa'. Ela ainda não mudou a mentalidade da Guerra Fria de criar inimigos imaginários e confrontos em bloco", disse o porta-voz.
As tensões China-EUA sobre Taiwan aumentaram durante a presidência de Joe Biden em meio às suas repetidas promessas de acorrer à defesa da ilha se fosse "invadida" pela China, em uma continuação da política da administração de Donald Trump (2017-2021), que aumentou o número de visitas de funcionários dos EUA a Taipé e elevou a ajuda e treinamento militar do território autogovernado.
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