O plano do G7 para enfrentar a "crise da fome" é insuficiente e levará à morte de milhões de pessoas, criticou na terça-feira (28) a confederação de organizações de caridade britânica Oxfam em um comunicado.
Anteriormente na terça-feira (28) o G7 prometeu gastar US$ 4,5 bilhões (R$ 23,7 bilhões) para combater a fome e má nutrição mundial.
"Em vez de fazer o que é necessário, o G7 está deixando milhões passando fome e cozinhando o planeta. No G7 dizem que 323 milhões de pessoas estão à beira da fome por causa da crise atual, um novo recorde. Quase um bilhão de pessoas, 950 milhões, têm fome projetada para 2022", lamentou a Oxfam.
"Precisamos de pelo menos mais US$ 28,5 bilhões [R$ 150,14 bilhões] do G7 para financiar investimentos em alimentos e agricultura para acabar com a fome e preencher a enorme lacuna nos apelos humanitários da ONU. Os US$ 4,5 bilhões anunciados são uma fração do que é necessário. O G7 poderia ter feito muito mais aqui na Alemanha [anunciar na cúpula] para acabar com a crise alimentar e prevenir a fome e a inanição em todo o mundo", apontou ela.
A Oxfam referiu que o G7 podia ter proibido os biocombustíveis, cancelado as dívidas aos países pobres, taxado as fortunas excessivas das corporações alimentares e energéticas e confrontado os problemas da desigualdade econômica e da ruptura econômica.