Moscou convocou a encarregada de negócios estrangeiros da Noruega, Solveig Rossebo, para explicar a proibição "inaceitável" da entrega de suprimentos para uma operação de mineração russa no Ártico.
O empreendimento, que opera no arquipélago de Svalbard, ficou impossibilitado de receber mercadorias "críticas", incluindo alimentos, equipamentos médicos, materiais de construção e peças de reposição.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia prometeu "medidas de retaliação apropriadas" se a questão não for resolvida.
O bloqueio deixou os mineiros que trabalham na cidade de Barentsburg sem comida, o que a Rússia classificou de uma violação dos direitos humanos.
Moscou também protestou que tal comportamento estava violando o Tratado de Svalbard, assinado em 1920, que estabeleceu o domínio norueguês sobre as ilhas, mas também o direito dos signatários, incluindo a Rússia, de explorar seus recursos.
No fim de abril, o governo da Noruega anunciou que proibiria o transporte rodoviário a operadores russos a partir de 7 de maio e fecharia seus portos a navios russos.
Praça central com monumento a Vladimir Lenin em Svalbard. Foto de arquivo
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No entanto o arquipélago escapou das sanções justamente por conta do Tratado de Svalbard, que também foi assinado pelos Estados Unidos, Reino Unido, França e Dinamarca, entre outros países.
O Kremlin manifestou nos últimos meses um grande interesse em explorar as ricas jazidas árticas da região, o que preocupa países como Estados Unidos e Canadá.
Neste mês, Moscou também acusou a Lituânia de violar a lei internacional ao suspender o trânsito de mercadorias sancionadas na região de Kaliningrado.