A informação veio durante declaração de Stoltenberg em meio à cúpula da OTAN, que termina hoje (30), em Madri.
"Nós nos preparamos para essa possibilidade há muito tempo. Não é como se a OTAN tivesse subitamente acordado em 24 de fevereiro [...]. Nós compartilhamos publicamente esses relatórios de inteligência", disse Stoltenberg, acrescentando que a aliança já previa um conflito na Ucrânia.
Ainda segundo a declaração do líder da OTAN, a aliança está se preparando para esse cenário desde 2014.
"Essa é a razão de termos ampliado nossa presença no flanco oriental da aliança, é por causa disso que os aliados da OTAN começaram a investir mais em defesa e por isso que aumentamos a prontidão", disse.
Presidente russo, Vladimir Putin discursa perante participantes do fórum empresarial de representantes dos círculos governamentais e empresariais dos países do BRICS, em 22 de junho de 2022
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A operação militar russa na Ucrânia teve início no dia 24 de fevereiro. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, Moscou "não teve outra opção" diante do risco imposto à segurança da Rússia. Segundo Putin, o governo russo tenta há 30 anos sem sucesso chegar a um consenso com a OTAN em relação aos princípios de segurança na Europa. Nesse período, a aliança militar ocidental se expandiu em direção às fronteiras russas.
Na segunda-feira (27), Stoltenberg adiantou que a Rússia será declarada durante a cúpula de Madri como uma das maiores ameaças à segurança da OTAN. O encontro dos líderes da aliança militar definirá as linhas do novo Conceito Estratégico do grupo, documento que norteará as ações da OTAN até o final da década. A aliança também deve classificar a China como "desafio sistêmico" no documento.