"Na noite de quinta-feira [30], os serviços de Internet da emissora internacional alemã DW foram bloqueados em todos os 32 idiomas do programa. Simultaneamente ao bloqueio dos sites editoriais da DW, os sites da emissora internacional VOA também foram bloqueados", informou a DW em um comunicado de imprensa.
De acordo com a nota, o RTÜK solicitou à DW e outras emissoras internacionais que obtivessem uma licença na Turquia em fevereiro. A mídia disse que se recusou a se inscrever, citando preocupações com censura do regulador turco.
"Tínhamos delineado em uma extensa correspondência e até em uma conversa pessoal com o presidente da autoridade de controle de mídia por que a DW não poderia solicitar tal licença. Por exemplo, mídia licenciada na Turquia é obrigada a excluir conteúdo on-line que o RTÜK interpreta como inapropriado. Isso é simplesmente inaceitável para uma emissora independente", disse o diretor-geral da DW, Peter Limbourg.
Limbourg acrescentou que a DW entraria com uma ação legal contra o bloqueio.
Bloqueio a mídias russas
Antes mesmo do início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou, aceleradas após o anúncio da ação. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, aço e ferro.
Além disso, a União Europeia censurou o acesso às mídias russas Sputnik e RT em seu território. Facebook, Instagram (estas pertencentes à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia), YouTube e Twitter também restringiram o acesso a páginas e links de veículos estatais russos. No caso do YouTube, todas essas mídias foram banidas da plataforma.