Panorama internacional

Frustração da fabricante Boeing deveria servir de aprendizado para Biden, diz mídia chinesa

Diferenças geopolíticas entre China e EUA estariam prejudicando a exportação de aeronaves civis.
Sputnik
Na última sexta-feira (1º), a Boeing afirmou que "é decepcionante que as diferenças geopolíticas continuem a restringir as exportações de aeronaves dos EUA", se referindo aos acordos de quase 300 aeronaves entre a fabricante europeia Airbus e as companhias chinesas China Southern, Air China e China Eastern. Segundo a Reuters, a Boeing deve continuar insistindo no diálogo entre os governos dos EUA e da China.
O que está em jogo para a Boeing, neste momento, é a perda de uma fatia importante do mercado chinês para sua principal concorrente e, apesar de as decisões das companhias de aviação levarem em conta fatores econômicos, desempenho dos produtos, segurança e benefício, a empresa também culpa as relações estremecidas graças à guerra comercial iniciada ainda na gestão Trump. De acordo com o Global Times (GT), as suspeitas de envolvimento da Boeing em um recente grave evento de segurança na China também pesaram nas negociações.
A empresa norte-americana se vê como vítima do processo de contenção das relações entre China e EUA. A guerra comercial do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, prejudicou os negócios de ambos os lados, e Biden ainda não removeu as tarifas adicionais sobre produtos chineses, usando inclusive abordagens não comerciais para impactar o mercado.
Panorama internacional
Intenção da OTAN é transformar o bloco em instrumento estratégico dos EUA contra China, diz analista

Na semana passada, o Politico chegou a afirmar que "o campeão da UE Airbus tem ligações profundas com o complexo militar-industrial chinês".

Mesmo que os EUA continuem politizando questões comerciais, o governo chinês alega demonstrar continuidade ao compromisso com o livre comércio. Ainda segundo o GT, a Boeing se beneficiou enormemente do mercado chinês e ainda é um parceiro importante de muitas das principais companhias aéreas chinesas, e uma perspectiva geopolítica da cooperação em aviação civil entre China e UE não vai contribuir em nada para a expansão da participação da Boeing no mercado chinês, grande o suficiente para cooperar com diversos países.
Comentar