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Governo tenta barrar CPI do MEC antes das eleições, diz mídia: 'Virou prioridade'

O governo Bolsonaro articula nos bastidores com os líderes partidários para impedir que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC seja criada antes das eleições, segundo apuração do portal G1.
Sputnik
De acordo com a publicação, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe temem novo desgaste em sua imagem às vésperas do pleito, em que tentará a reeleição.
Segundo assessores presidenciais, o governo considera a criação da CPI "inevitável", mas já teria recebido o compromisso da maioria dos líderes para retardar o funcionamento da comissão no Senado Federal.
O portal informou ainda que, nos últimos dias, líderes partidários foram procurados por interlocutores do Palácio do Planalto com o pedido para que concordem com a CPI do MEC, mas depois protelem o início dos trabalhos.
Algumas estratégias seriam demorar a indicar os integrantes da comissão e evitar conceder o quórum para o andamento da comissão, de acordo com o G1.
Um dos assessores disse ao portal que impedir a comissão antes das eleições "virou prioridade" para o Palácio do Planalto. A equipe aponta que o pior momento de avaliação do governo foi justamente durante o funcionamento da CPI da Covid, em 2021.
Requerimento de criação da CPI do Ministério da Educação, destinada a investigar denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC), é protocolado na Secretaria-Geral da Mesa do Senado, em 28 de junho de 2022. Foto de arquivo
Na última terça-feira (28), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou o pedido para criação da CPI, destinada a investigar denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC).
Entretanto, para que a ação tenha continuidade, é preciso que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), faça a leitura do documento em plenário. As comissões parlamentares de inquérito só podem ser validadas com o apoio de ao menos 27 senadores. Até o momento, 31 parlamentares assinaram o documento.
Em março, um áudio vazado revelou declaração do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro sobre um pedido de Bolsonaro para que o governo federal desse prioridade na liberação de verbas do MEC a prefeituras cuja negociação fosse feita por dois pastores evangélicos sem cargo no Executivo, Gilmar Santos e Arilton Moura.
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