Segundo o artigo, Moscou conseguiu evitar uma recessão maciça devido às medidas tomadas para estabilizar o rublo e graças à renda significativa das exportações.
De acordo com a Bloomberg, as ameaças do Ocidente de causar uma "dor econômica" à Rússia até o momento não se concretizaram. A Rússia está no caminho de uma recessão mais branda que a que foi prevista pelos analistas quando a operação russa na Ucrânia se iniciou.
Os economistas da JPMorgan reduziram nesta semana suas expectativas de contração da economia russa neste ano para 3,5%, em vez dos 7% esperados em março.
Segundo observadores, a situação pode ser explicada pelo crescimento da produção de petróleo, que atenuou a influência das sanções europeias e norte-americanas.
"Não estamos no nível de estresse que assumimos para 2022", disse o economista do Rosbank Yevgeny Koshelev. "Devemos esperar tendências melhores, porque tanto o orçamento quanto as políticas monetárias são globalmente estimulantes."
Ainda assim, os analistas alertam para uma incerteza substancial sobre as perspectivas da economia russa. A imposição mais rápida do que o esperado de sanções à energia russa na Europa poderia reduzir a receita no segundo semestre do ano, assim como uma queda na demanda se os temores de uma recessão se provarem justificados.
A União Europeia já impôs seis pacotes de sanções contra bancos, órgãos financeiros e mídias russos, além de funcionários do governo e legisladores. Líderes europeus pedem a Bruxelas que a proibição do gás russo seja incluída no próximo conjunto de restrições.