"Estamos fazendo nosso trabalho de observação dos movimentos, normalmente, espontâneos. Se tivéssemos lideranças políticas partidárias evidenciando as condutas, seria muito mais fácil o trabalho de responsabilização. O código eleitoral tem uma norma, talvez única entre as legislações dos povos modernos, que é a da responsabilidade dos partidos políticos pelos atos dos seus adeptos. O partido político é responsável não só pelos atos de seus filiados. Basta ser um adepto", disse Aras à Sputnik Brasil.
"Na nossa gestão, a PGR tem procurado respeitar primeiro a distribuição de atribuições constitucionais. Não nos compete, neste momento, emitir juízo de valor. A depender do encaminhamento das investigações, se surgirem fatos que envolvam interesses públicos federais, [o caso] pode ganhar nova conotação e passar para o Ministério Público Federal; assim teríamos relação direta com o fato. Ou seja, evitamos escandalizar. Fazemos de forma cautelosa. Só após a conclusão das investigações que os resultados são enviados", disse.
"Em 2021 nós detectamos que havia alguns movimentos no Brasil para levar a uma inquietação no dia 7 de setembro. Esta PGR agiu para prender algumas lideranças que pregam movimentos de intolerância e discurso de ódio nas redes sociais. Superado o 7 de Setembro de forma discreta, sem escândalo, chegamos até este momento com relativa paz dentro do que é possível em um país de 215 milhões de habitantes e de dimensões continentais", disse.