Às vésperas da viagem de Joe Biden ao Oriente Médio, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, disse que Israel é a "principal fonte" de instabilidade e um catalisador do terrorismo na região.
Segundo ele, o apoio de Washington a Tel Aviv desmente as alegações dos EUA de buscar a paz para o Oriente Médio.
"O regime sionista é a principal fonte de instabilidade e um dos principais impulsionadores da disseminação do terrorismo organizado na região. O apoio total da América ao regime é a razão convincente que invalida as alegações de pacifismo do governo dos EUA", disse Kanaani, segundo a emissora PressTV.
As declarações foram feitas em resposta a um artigo de opinião escrito por Joe Biden no Washington Post no fim de semana em que o presidente dos EUA elogiou os esforços de seu governo para promover a paz no Oriente Médio.
Para o ministro iraniano, o Oriente Médio estável só será alcançado "se os Estados Unidos encerrarem suas políticas de divisão entre os países regionais, interromperem o fluxo de armas para a região, respeitarem a soberania e a integridade territorial dos países e abandonarem a política de apoio incondicional para o regime sionista".
Comentando os planos dos EUA de forjar uma nova aliança regional militar entre Israel e os países petrolíferos do Golfo, Kanaani sugeriu que os EUA "apresentam essas ideias sem ter uma compreensão correta das realidades da região".
Na segunda-feira (11), o vice-comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica para assuntos políticos, Yadollah Javani, expressou confiança de que os esforços dos EUA para criar uma "OTAN árabe" fracassariam.
"Quando os Estados Unidos, o regime sionista e a Arábia Saudita estavam no auge de seu poder, as coalizões que eles construíram para combater o Irã não tiveram outro resultado senão o fracasso", disse Javani, citando os conflitos no Iêmen e o que chamou de "guerra por procuração liderada pelos EUA na Síria".
Joe Biden chegará a Israel nesta quarta-feira (13) como parte de uma viagem regional muito esperada que também o levará à Cisjordânia ocupada e à Arábia Saudita. A visita de quatro dias será sua primeira à região como presidente.