O documento observa que, de acordo com representantes de Washington, 2,5 anos após o assassinato de Soleimani, a ameaça de vingança de Teerã continua sendo alta.
"O governo iraniano está envolvido em uma campanha multifacetada que inclui ameaças de assassinato, emissão de mandados de prisão e sanções contra certos funcionários americanos para vingar a morte de 2020 do comandante do IRGC Soleimani, ameaçando no seu país e no exterior, aqueles que Teerã considera responsáveis pelo assassinato", detalha o relatório da inteligência.
O documento revela também que, "desde janeiro de 2021, Teerã tem publicamente declarado sua prontidão para realizar operações letais no território dos EUA" e que supostamente determinou as primeiras pessoas em Washington como alvos prioritários para um ato de vingança.
"É provável que o Irã esteja considerando o assassinato ou [a instauração] de um processo judicial de uma das autoridades dos EUA que considera ser equiparada em patente e status a Soleimani e que, em sua opinião, é responsável pela morte dele como um ato bem-sucedido de vingança", sugere a inteligência dos EUA.
Em abril deste ano, Mohammad Pakpour, comandante das forças terrestres do IRGC, declarou que a matança de todos os líderes dos EUA não seria suficiente para vingar o assassinato de Qassem Soleimani.
Soleimani foi assassinado em 3 de janeiro de 2020, com Abu Mahdi al-Muhandis, subcomandante das Forças de Mobilização Popular iraquianas, em um ataque de drone norte-americano contra seu carro no Aeroporto Internacional de Bagdá, em uma investida autorizada por Donald Trump, então presidente dos EUA (2017-2021).