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Itália: Mario Draghi anuncia que vai renunciar ao cargo de primeiro-ministro

Primeiro-ministro italiano disse que pretende renunciar ainda nesta quinta-feira (14), em meio à crise política e divergências com o maior partido da coalizão do governo.
Sputnik
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, disse nesta quinta-feira (14) que renunciará, em meio a uma crise política no país desencadeada pela recusa do Movimento Cinco Estrelas em participar de um voto de confiança no governo.
"Quero anunciar que nesta noite entregarei minha renúncia ao presidente", disse Draghi ao seu gabinete.
Ele disse que as condições necessárias para continuar com o governo de coalizão "já não existem" e o "pacto de confiança em que o governo se baseia se foi".
A votação da moção de confiança está atrelada à votação de um decreto-lei, elaborado por Draghi, que contém uma série de medidas para ajudar famílias e empresas afetadas pela inflação. O decreto-lei também anuncia o plano de criar um incinerador de lixo em Roma, projeto que é criticado pela oposição, que considera a proposta cara, ineficiente e poluente.
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O líder do Movimento Cinco Estrelas, o ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, declarou que os membros da legenda não participarão da votação. O Movimento Cinco Estrelas é o maior partido da coalizão do governo Draghi, mas vinha criticando a gestão do primeiro-ministro, acusando-o de não tomar medidas suficientes para ajudar famílias afetadas pela crise.
Havia dúvidas sobre a possibilidade de o governo Draghi seguir sem o apoio do Movimento Cinco Estrelas. Em algumas ocasiões, Draghi afirmou que encerraria seu mandato caso a sigla deixasse a coalizão.
Ex-presidente do Banco Central Europeu, Draghi foi alçado ao cargo de primeiro-ministro italiano em fevereiro de 2021. Ele substituiu Giuseppe Conte, que renunciou após membros do Itália Viva, o maior partido da coalizão do governo, retirar o apoio à sua gestão pela recusa de Conte em considerar medidas radicais para a recuperação da crise econômica na Itália induzida pela pandemia.
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