As informações foram divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores do país nesta quinta-feira (14).
As novas sanções canadenses vão figurar no Regulamento de Medidas Econômicas Especiais, uma listagem criada somente para elencar as restrições determinadas a produtos e serviços russos.
Agora a lista ampliada inclui as indústrias siderúrgica, de fabricação de computadores, de produtos eletrônicos e ópticos, de veículos automotores, de reboques e semirreboques, de transporte terrestre e de transporte por dutos.
O Canadá também proibiu a prestação de serviços industriais aos setores de petróleo, gás, química e construção de máquinas da Rússia.
Mais cedo, o Departamento do Tesouro dos EUA suavizou parte das sanções para o comércio de alimentos e fertilizantes, além de autorizar a subsidiária da estatal russa Gazprom na Alemanha a comercializar insumos de energia.
No dia 28 de junho, Oleg Stepanov, embaixador da Rússia no Canadá, criticou outro pacote de sanções aplicadas por Ottawa, classificando-o de "gesto de simbolismo vazio", e advertiu que os embargos continuam destruindo as relações bilaterais.
Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de uma miríade de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.411 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).