O presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, assinaram na quinta-feira (14) uma declaração conjunta de associação estratégica, que reafirma os "vínculos inquebráveis" entre ambas as nações na esfera de segurança e obriga Washington a manter a "vantagem militar qualitativa" com Tel Aviv, reforçando as suas capacidades de dissuasão e defesa perante os seus inimigos.
No âmbito do apoio previsto, o documento chama o Irã de potencial agressor, referindo seu programa nuclear. Nesse contexto, os EUA assumiram o compromisso de trabalhar com outros parceiros [no Oriente Médio] para "resistir à agressão e atividades desestabilizadoras" da República Islâmica, atividades que o país está "levando a cabo de forma direta e através de outras forças, de tais organizações terroristas como o Hezbollah, Hamas ou Movimento da Jihad Islâmica na Palestina".
"Os Estados Unidos sublinham que a declaração aprovada visa não permitir nunca que o Irã disponha das armas nucleares, e que estão dispostos a utilizar todos os mecanismos nacionais para garantir esse resultado", diz a declaração.
"Não haverá um Irã nuclear. Isso representaria uma ameaça não só para Israel, mas também para o mundo", afirmou o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid.
Os EUA seguem dispostos a prestar "assistência adicional de defesa antimísseis", de acordo com as disposições do memorando de entendimento entre os dois países, firmado em 2016. Além disso, os países expressaram a sua prontidão para avançar cooperando na esfera de tecnologias militares de ponta, que incluem sistemas de armas a laser de alta energia "para defender o céu israelense e, no futuro, o de outros parceiros".
Ao mesmo tempo, foi reafirmado o desejo dos EUA e Israel de continuar discutindo os desafios e oportunidades para avançar nas relações com a Palestina, para que tanto os israelenses como os palestinos possam "disfrutar de forma igual de medidas de segurança, liberdade e prosperidade". Dessa maneira, foi destacada a importância de aprofundar os laços de Israel com os seus parceiros na região do Oriente Médio, conseguir a integração do Estado israelense nos processos regionais, a fim de "ampliar o círculo da paz para incluir cada vez mais países árabes e muçulmanos".
Por fim, a declaração destaca a cooperação ampla que já existe entre os EUA e Israel não só no âmbito da segurança, mas também no enfrentamento de desafios globais tão urgentes como "as alterações climáticas, a segurança alimentar e a saúde". Nestes aspetos, já está sendo conduzido um trabalho para elevar a cooperação para "um novo nível" com a criação de uma associação tecnológica em áreas críticas emergentes e de preocupação mundial, conclui o texto.