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Itália pode em breve deixar de poder armar a Ucrânia, diz ministro italiano

O ministro das Relações Exteriores da Itália referiu que uma demissão definitiva do primeiro-ministro Mario Draghi tornaria impossível criar novos contratos, incluindo na área de armamentos.
Sputnik
A Itália poderá não conseguir continuar o fornecimento de armas à Ucrânia em meio à crise política em Roma, admitiu em uma entrevista de sexta-feira (16) Luigi Di Maio, ministro das Relações Exteriores italiano.
Na quinta-feira (14) o Movimento Cinco Estrelas, que faz parte do governo de coalizão do primeiro-ministro Mario Draghi, boicotou uma moção de desconfiança, com o último se demitindo em resposta. No entanto, Sergio Mattarella, presidente de Itália, recusou sua demissão, com o governo de Draghi enfrentando na quarta-feira (20) nova moção de desconfiança.
Na opinião do chanceler de Itália, as pessoas dentro do país que estão tentando remover do poder Mario Draghi, primeiro-ministro do país, estão fazendo o trabalho de Vladimir Putin, presidente da Rússia.
"Os russos estão agora mesmo celebrando ter feito cair outro governo ocidental", disse Di Maio em declarações ao jornal Politico.
Como explicou, se o governo colapsar, ele seguiria governando em modo de gestão até novas eleições, mas teria poderes limitados. Devido ao tempo que passaria até novas eleições e a formação de um novo governo, há a chance de não ser criado um orçamento para o ano de 2023 entre julho e dezembro, quando isso normalmente acontece.
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Além de tornar impossível o fornecimento de armas à Ucrânia, isso não permitiria à Itália assinar contratos de energia, o que seria "sério, porque estamos nos aproximando do inverno" europeu, de acordo com o ministro.
Luigi Di Maio criticou o Movimento Cinco Estrelas por se opor ao aumento de despesas militares da Itália, e também por votar contra uma resolução no Parlamento italiano contra a OTAN e o apoio à Ucrânia.
"O incrível é que este é um ex-primeiro-ministro [Giuseppe Conte, 2018-2019] atacando Draghi, ajudando a propaganda de Putin e a autocracia sobre a democracia", resumiu Di Maio.
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