Panorama internacional

Declarações de Truss acerca da reunião com Putin na cúpula do G20 refletem sua posição sobre Rússia

A ministra das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, não se destaca, obviamente, por uma posição pró-russa e as suas declarações dificilmente têm motivações políticas, já que as chances de ela ser eleita primeira-ministra são baixas, acredita o professor de Direito Europeu da MGIMO, Nikolai Topornin.
Sputnik
Anteriormente, a chefe da diplomacia britânica afirmou que estava disposta a se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin na cúpula do G20 caso fosse eleita primeira-ministra do Reino Unido. Ao responder à pergunta de uma apresentadora de televisão durante os debates, Truss salientou que estava pronta a convocar Putin para uma conversa junto com tais grandes países como a Índia e a Indonésia.

"Vocês sabem que [Liz Truss] não se destaca por uma posição pró-russa, ou seja, ela poderia aproveitar a oportunidade para fazer algumas perguntas, para conversar", disse o analista do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO, na sigla em russo).

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Segundo Topornin, "não é provável que Liz Truss venha a ser primeira-ministra, porque suas chances aparentemente são baixas, já que está no terceiro lugar. É por isso que o Partido Tory [Partido Conservador britânico] vai escolher entre os dois candidatos restantes, ou seja, mais provavelmente entre Rishi Sunak e Penny Mordaunt".

"Agora vejo que [Liz Truss] não consegue tomar o segundo lugar, pelo menos ainda não. Talvez tudo mude, mas há grande diferença [entre os candidatos], será difícil mudar as coisas. A diferença não é de dois votos, é de mais de 20 votos [...] Então, Liz Truss tem poucas chances de se tornar primeira-ministra, não falando de ela ir a Bali", concluiu o analista.

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