"O Departamento de Estado quer fazer Pequim 'pagar caro'? O problema é que, ao contrário dos Estados Unidos, a China é um Estado solvente e conduz políticas independentes, baseadas em uma abordagem responsável e um verdadeiro multilateralismo", escreveu Zakharova no seu canal no Telegram.
"Ned, [a China vai precisar de 'pagar'] tão 'caro' como a Arábia Saudita? Querem também fazer de Pequim 'pária'? Pensem duas vezes [antes de o fazer], porque todos os 'párias' declarados por Washington só ficam mais fortes, e depois os Estados Unidos têm de ir fazer-lhes pedidos e reverências. Terão de se envergonhar tanto como o fizeram os membros da delegação norte-americana durante uma reunião do vosso presidente com o príncipe herdeiro saudita Muhammad bin Salman, ao terem sido perguntados 'Ainda veem a Arábia Saudita como pária?'", salientou Maria Zakharova.
"Contudo, hoje, com uma lata vazia e uma mão estendida [Biden] viajou para fazer reverência ao príncipe herdeiro bin Salman, que, agindo como um homem de Estado e em prol da estabilidade mundial, decidiu receber o presidente de um país economicamente insustentável", afirmou a representante do ministério.
"Há muitos anos que os Estados Unidos gastam mais do que produzem. Não há dinheiro para pagar a dívida de 30 trilhões de dólares [R$ 163 trilhões]. Todos sabem isso. O fato de Washington planejar e levar a cabo golpes de Estado em várias partes do globo, como tão sinceramente confessou há pouco o ex-assessor do presidente norte-americano de Segurança Nacional John Bolton, não implica nenhuma sustentabilidade financeira."