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Após 2 meses da visita de Musk ao Brasil nenhuma parceria foi fechada, diz governo

Quando Musk chegou ao Brasil, Bolsonaro foi até uma cidade do interior de São Paulo para encontrá-lo, indo na contramão do protocolo de praxe, em que o visitante, por deferência, é quem vai até o presidente.
Sputnik
No dia 20 de maio, em um hotel luxuoso na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), encontrou com o bilionário Elon Musk em um em um evento que custou mais que custou mais de R$ 90 mil aos cofres públicos.
No encontro, foram firmadas diversas parecerias entre o governo e o empresário, como projetos para levar Internet a escolas na zona rural do país e para monitorar a Amazônia. Entretanto, dois meses depois, nenhuma iniciativa saiu do papel.
De acordo com o G1, a informação consta nas respostas do governo a três ofícios com questionamentos de deputados federais encaminhados ao Palácio do Planalto.
À mídia, o Ministério das Comunicações disse que, se algum acordo vier a ser firmado, será de "forma legal e transparente", seguindo a legislação sobre licitações e contratos administrativos.
Na ocasião, sem dar detalhes, como prazo e custos, Bolsonaro disse que havia o "início de um namoro" ao anunciar um possível acordo com a Starlink, companhia de sistema de satélites da SpaceX, de Musk, para monitorar a Amazônia.
No entanto, a negociação é criticada porque o Brasil já tem mecanismos tecnológicos para fazer tal monitoramento. Desde 1988, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, processa os dados da floresta via satélite. De acordo com a mídia, uma análise de especialistas apontou que o problema é a falta de fiscalização de órgãos responsáveis.
Em janeiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu à Starlink o direito de operar no Brasil satélites não-geoestacionários de baixa órbita.
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No evento realizado com Bolsonaro e ministros, o bilionário anunciou o programa "Conecta Amazônia", que incluiria o uso de satélites para levar Internet e monitoramento do desmatamento na região.

Em nota, o ministério chefiado por Fabio Faria disse que que o encontro com Musk tratou de parcerias para projetos de conectividade na Amazônia por meio da Starlink, ressaltando que ela já possui autorização para atuar no território nacional.
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Segundo a pasta, a empresa se comprometeu a colocar em campo cerca de 42 mil satélites de baixa órbita, com potencial de ampliação da preservação florestal, mas ainda nada aconteceu.
O ministério ainda destacou que, no encontro, "foram apresentadas ao empresário novas possibilidades de investimento no setor, dentro da região Amazônica", mas que o processo de parceria, caso seja firmado, será realizado de "forma legal e transparente, conforme prevê a Lei 8.666 [que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos]".
Procurada pela reportagem do G1, a Starlink não respondeu aos e-mails encaminhados. Pelo site, a empresa mostra que, no Brasil, o serviço é oferecido no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e em partes do Mato Grosso do Sul, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
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