"As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo", diz o comunicado da embaixada americana, citada pelo portal G1.
No documento, a embaixada afirma ainda que está "confiante de que as eleições brasileiras de 2022 vão refletir a vontade do eleitorado".
Segundo o órgão, o Brasil tem "um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores".
"À medida que os brasileiros confiam em seu sistema eleitoral, o Brasil mostrará ao mundo, mais uma vez, a força duradoura de sua democracia", declarou.
Em reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, no encontro, com ao menos 70 diplomatas, o presidente citou vídeos descontextualizados e informações já desmentidas pela Justiça Eleitoral.
Após as declarações, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pré-candidatos à Presidência da República rebateram as falas de Bolsonaro.
Edson Fachin, atual presidente do TSE, reforçou a segurança do sistema eleitoral e disse que o debate político atual "tem sido achatado por narrativas nocivas que tensionam o espaço social".
Já o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, se reuniu em videoconferência com Fachin e "reiterou confiança total na higidez do processo eleitoral".
"Em nome do STF, o ministro Fux repudiou que, a cerca de 70 dias das eleições, haja tentativa de se colocar em xeque mediante a comunidade internacional o processo eleitoral e as urnas eletrônicas, que têm garantido a democracia brasileira nas últimas décadas", disse o STF em nota.