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À ONU, Mourão fala de neutralidade na Ucrânia e sanções contra Rússia

Manifestação do vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, é semelhante ao posicionamento do presidente Jair Bolsonaro. Recentemente o chefe do Executivo federal evitou tomar partido e afirmou estar "do lado da paz".
Sputnik
Em entrevista para a Organização das Nações Unidas (ONU), o vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre o posicionamento do Brasil em relação ao conflito na Ucrânia, sua missão humanitária no Haiti e o futuro das eleições.
Abordando as tensões no leste da Europa, o general condenou os confrontos entre Moscou e Kiev e argumentou que o governo brasileiro não adota uma postura neutra. Para ele, o Brasil está do lado da paz.

"Nós temos interesses tanto com a Ucrânia como com a Rússia, é uma questão de pragmatismo", explicou.

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Questionado sobre a neutralidade brasileira, ele explicou que o Brasil condena o conflito, mas é uma questão que tem que ser resolvida pela via diplomática.
"Acho que é mais importante do que nunca que a gente use os instrumentos da diplomacia" para evitar mais confrontos, declarou.
Ele também afirmou que as sanções aplicadas à Rússia não surtiram o efeito necessário e que a situação atual causa dano a ambos os países. Esse posicionamento é semelhante ao do presidente Bolsonaro, que no dia 7 também criticou as sanções.
Mourão ainda "alfinetou" a ONU, dizendo que o Brasil tem uma posição muito clara com relação ao papel das Nações Unidas.
"Eu acho que nós devíamos ter uma nova dimensão em termos de membros permanentes do Conselho de Segurança para que ele retratasse, fielmente, o que é o equilíbrio de poder", declarou, enfatizando o posicionamento do Itamaraty que demanda uma reforma na entidade.
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