O comentário fez parte de um debate na Assembleia Geral da ONU, em uma tentativa de explicar a razão pela qual a Rússia vetou o projeto de resolução sobre a extensão do mecanismo transfronteiriço da Síria.
Em conversa com repórteres no dia 8, Polyanskiy informou que a Rússia vetará qualquer resolução sobre a entrega transfronteiriça de ajuda humanitária à Síria que contrarie seu próprio texto, rejeitado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
"As lamentações dos países ocidentais claramente estavam erradas, e vocês ouvirão mais uma vez essas lamentações hoje, provavelmente com alegações de que a Rússia está privando as pessoas de necessidades básicas e deseja fazer com que as mesmas mulheres e crianças congelem em seis meses. Vocês sabem que isso não está correto", disse.
A Rússia está pronta para estender o mecanismo por mais seis meses se os membros do CSNU cumprirem o acordo, acrescentou Polyanskiy.
Explicar o uso de veto por membros permanentes do Conselho de Segurança faz parte das novas regras pelas quais representantes dos países devem fornecer as justificativas de suas decisões a todos os membros das Nações Unidas.
A resolução proposta sobre a Síria, redigida por Noruega e Irlanda, refletia amplamente a proposta da Rússia que havia sido rejeitada anteriormente.
Os países europeus sugeriam que o trabalho de ajuda humanitário também fosse estendido por seis meses, de 10 de julho a 10 de janeiro de 2023, mas que se renovasse automaticamente por outros seis sem nova resolução adequada, segundo a Rússia.
Ao CSNU, o enviado sírio nas Nações Unidas, Bassam Sabbagh, afirmou que compartilha plenamente os motivos pelos quais a Rússia vetou o projeto de resolução da Noruega e da Irlanda sobre a extensão da ajuda humanitária.