Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, exortou na segunda-feira (25) a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) a rejeitar a interferência externa no mar do Sul da China, dizendo que não é um "parque de safári" para governos fora da região.
Wang discursou em um simpósio on-line para marcar o 20º aniversário da assinatura da Declaração Sobre a Conduta (DOC, na sigla em inglês) das Partes no Mar do Sul da China, o primeiro documento oficial que exige uma resolução da disputa no mar a nível regional.
Wang disse que os países da região são os "verdadeiros mestres" em lidar com suas disputas no mar do Sul da China.
"[...] No processo de implementação do DOC seguimos sempre a tradição asiática de respeito mútuo e cumprimento de promessas, abandonando a mentalidade de soma zero, que tem manifestado o grande valor e vitalidade da declaração."
Wang disse que "poderes extraterritoriais" estão deliberadamente provocando conflitos na região com o propósito de manter sua "hegemonia", sugerindo que os governos estrangeiros só devem ser bem-vindos se pretenderem promover "paz e cooperação".
Os EUA e ocasionalmente outros países ocidentais têm conduzido operações de "liberdade de navegação" no mar do Sul da China, cuja maior parte do território Pequim afirma deter.