"O Irã é um problema para todo o mundo, não é um problema privado de Israel. Podemos lançar um ataque a fim de conter o átomo", afirmou o chefe da Defesa israelense em uma entrevista, transmitida ao vivo.
As autoridades iranianas têm repetidamente declarado que não visam criar armas nucleares, tendo por objetivo utilizar a energia atômica para fins pacíficos.
Como anteriormente salientou Joseph Burns, diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA), segundo os dados da inteligência, "os iranianos não renovaram os seus esforços de transformar em armas" os componentes do programa nuclear. Ao mesmo tempo, após a saída do acordo nuclear, o Irã obteve a oportunidade de receber todos os componentes necessários para criar armas nucleares ao longo de semanas, acrescentou Burns.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, salientou em uma coletiva de imprensa com o presidente norte-americano, que se deu em julho no âmbito do périplo de Biden pelo Oriente Médio, que os países do "mundo livre" estão prontos para usar a força contra Teerã, para pôr fim ao seu programa nuclear.
Em 2015, Rússia, Reino Unido, Alemanha, China, EUA, França e Irã assinaram o acordo nuclear – Plano de Ação Conjunto Global, que previa o cancelamento de sanções anti-iranianas em troca de limitação do programa nuclear da nação persa.
Em maio de 2018, o então presidente norte-americano Donald Trump saiu do acordo, renovando as sanções contra Teerã. Em resposta, o Irã declarou a redução por etapas dos seus compromissos no âmbito do acordo, a seguir desenvolvendo pesquisas nucleares.