O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que Pequim é completamente contrária ao plano de Washington de aplicar sanções às entregas de petróleo russo à China.
O porta-voz do ministério, Zhao Lijian, disse a repórteres nesta quarta-feira (27) que Pequim é "categoricamente contra essas sanções unilaterais ilegais" dos EUA.
"A China e a Rússia conduzem uma cooperação comercial e econômica normal com base nos princípios de igualdade, benefício mútuo e respeito mútuo", ressaltou.
O diplomata chinês enfatizou que a colaboração de Pequim com Moscou não é contra ninguém, acrescentando que "também não toleraremos interferência externa".
Zhao falou depois que o senador norte-americano Marco Rubio apresentou um projeto de lei na terça-feira (26) que imporia sanções a qualquer entidade que segure ou registre navios-tanque, transporte de petróleo ou gás natural liquefeito (GNL) da Rússia. De acordo com Rubio, Pequim apoia a operação militar especial de Moscou na Ucrânia comprando petróleo russo.
Em 24 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou o início da operação especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) contra as provocações de Kiev.
Comentando as sanções que os países ocidentais impuseram a Moscou em conexão com sua operação especial na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, enfatizou repetidamente que as sanções – especialmente em relação às importações de petróleo e gás da Rússia – já impactaram muito mais as economias de quem as introduziu que a economia russa.