De acordo com a publicação, a UE "demonstrou uma frente de união" após o início da operação militar especial russa na Ucrânia", porém, os líderes europeus podem passar a conviver com insatisfações populares devido à alta da inflação, à crise de salários e à perspectiva real de racionamento de energia.
O jornal se pergunta se os governos europeus serão capazes de manter suas posições ou "sua solidariedade entrará em colapso quando a rejeição de consumidores irritados os forçar a moderar sua hostilidade em relação a Moscou".
"Há alguns sinais de que, pelo menos na questão energética, essa unidade não parece tão forte quanto poderia ser", afirmou o Financial Times.
Homem caminha com guarda-chuva perto das bandeiras da União Europeia no exterior da sede da UE em Bruxelas, em 16 de outubro de 2019. Foto de arquivo
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A Rússia iniciou a operação especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia acusam militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.
Desde o começo da operação, o Ocidente intensificou a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.