O atual evento de extinção em massa da biodiversidade não deverá igualar em intensidade os cinco anteriores, concluiu um cientista da Universidade de Tohoku, Japão.
Nos últimos 540 milhões de anos ocorreram cinco período de extinção da maior parte das espécies vivas em um curto espaço geológico de tempo, principalmente provocadas por mudanças climáticas. O estudo, publicado na revista Biogeosciences, concluiu que isso também poderá ocorrer nos próximos séculos, como resultado da atividade humana, analisa no sábado (30) o portal Science Alert.
Kunio Kaiho detectou uma forte relação inversa entre a variação das temperaturas e as mudanças na biodiversidade, com os mais devastadores eventos de extinção em massa ocorrendo após um aumento de temperaturas de 9 ºC em um espaço de dezenas de milhares de anos, ou uma redução de 7 ºC no extremo oposto, mais que as anteriores estimativas de desaparecimento da vida marinha, em que se calculava bastar a temperatura aumentar 5,2 ºC para isso acontecer.
Apesar de não acreditar que a atual extinção em massa das espécies venha a ser tão devastadora como as anteriores, Kaiho já vê evidências do desaparecimento da biodiversidade acontecendo atualmente. Hoje é esperado um aumento de temperaturas de 4,4 ºC só até 2100, e Kaiho prevê um crescimento de 9º C não antes de 2500, apesar de isso ocorrer no pior cenário.
No entanto, o cientista japonês admite as dificuldades no que toca a prever as temperaturas futuras.
"A previsão da futura magnitude da extinção antropogênica utilizando apenas a temperatura de superfície é difícil, porque as causas da extinção antropogênica diferem das causas de extinções em massa no tempo geológico", disse.