Segundo o jornal, a viagem estava inicialmente prevista para o início do ano, mas foi adiada após um membro da delegação ter testado positivo para a COVID-19. A nova delegação dos legisladores do Reino Unido, que pode embarcar na visita a Taipé em novembro ou dezembro, provavelmente será chefiada pelo presidente do comitê, Tom Tugendhat.
A visita da delegação parlamentar do Reino Unido pretende significar o apoio de Londres a Taiwan, que Pequim considera uma parte inalienável de seu território, disse o The Guardian, enfatizando que isso ocorreria em meio a crescentes atritos entre o Reino Unido e a China.
Na semana passada, os candidatos à liderança do Partido Conservador, Liz Truss e Rishi Sunak, delinearam sua posição dura em relação à China. Enquanto isso, o embaixador chinês no Reino Unido, Zheng Zeguang, acusou alguns políticos do Reino Unido de "vender a falácia da chamada ameaça da China".
As tensões sobre Taiwan aumentaram nas últimas semanas após os relatos sobre uma possível viagem a Taipé pela presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi. As notícias provocaram uma grande reação de Pequim, que condena qualquer contato oficial entre os EUA e Taiwan.
O lado chinês afirmou repetidamente que, ao prosseguir com a viagem, Washington infringiria o princípio de Uma Só China e prejudicaria as relações bilaterais EUA-China. Além disso, Pequim afirmou estar disposta a agir de forma decisiva para defender a soberania estatal e a integridade territorial, ao mesmo tempo em que advertiu que os EUA assumiriam total responsabilidade por todas as consequências decorrentes da visita.