Panorama internacional

EUA semeiam discórdia em todo o lado exceto em seu continente, diz ex-presidente russo

O ex-chefe de Estado e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, disse à Sputnik que os EUA desestabilizam a situação de seus aliados na Europa e semeiam a discórdia em todo o mundo, menos em seu continente.
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"Os americanos já desestabilizaram a situação de seus aliados na Europa. Agora é a vez de outras partes do mundo, inclusive na Ásia. Observem: eles semeiam a discórdia em todo o lado exceto em seu próprio continente. Na Rússia, China, Europa, Ásia, África, América Latina. Só não o fazem perto deles próprios, embora fosse interessante ver os americanos encenar um golpe de Estado nos países vizinhos, por exemplo no Canadá", disse Medvedev.
O ex-presidente russo observou que os EUA verão sérias consequências globais, como a deterioração da situação de segurança na Ásia, após a visita da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, a Taiwan.
"Isso é provavelmente o que os americanos queriam, aumentar a tensão regional. Em vão, haverá consequências muito mais graves à escala global. A segurança na Ásia irá deteriorar-se drasticamente. A desconfiança se tornará colossal. Os mercados continuarão a cair. A gasolina e os alimentos serão mais caros", afirmou Medvedev.
Ele também expressou seu ceticismo em relação às declarações da Casa Branca, segundo as quais a administração dos EUA não havia aprovado a viagem de Pelosi e avisou sobre possíveis riscos. Medvedev afirmou que isso não passa de uma encenação.
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"Essas visitas são planejadas com antecedência. Os cenários são escritos para todos os participantes. Os papéis neles são distribuídos, as observações são rigorosamente coordenadas. Não há contradições internas entre o governo de Biden e o Congresso sobre essa questão", explicou o ex-presidente russo.
O avião com Pelosi aterrissou no aeroporto da capital da ilha, Taipé, na tarde de 2 de agosto, apesar dos fortes avisos de Pequim e das exigências de cancelar a visita. A China anunciou manobras em seis áreas marítimas em torno de Taiwan de 4 a 7 de agosto. As atividades de treinamento incluem exercícios com fogo real.
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