"Os EUA querem colocar lenha na fogueira no estreito de Taiwan para criar outra crise além da ucraniana", disse Lu Shaye no canal de notícias francês LCI nesta sexta-feira (5).
O embaixador chinês enfatizou que a maioria das nações em desenvolvimento não está participando do regime de sanções contra a Rússia e não concorda com os EUA e seus aliados.
Washington também está perdendo sua influência na região Ásia-Pacífico, disse Lu Shaye, acrescentando que esta é a razão pela qual os Estados Unidos querem desestabilizar a situação no estreito de Taiwan.
Mais cedo nesta sexta-feira (5), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e seus colegas do Japão e da Austrália emitiram uma declaração conjunta após uma reunião à margem da 55ª cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Phnom Penh, pedindo à China que suspenda os exercícios militares.
A China lançou um exercício militar em larga escala no leste do Estreito de Taiwan em resposta à visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taipei nesta semana.
Pelosi, que ignorou as repetidas advertências de Pequim, é a mais alta autoridade dos EUA a ir a Taiwan em 14 anos.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse na sexta-feira que a China imporá sanções a Pelosi e seus parentes próximos por causa de sua visita provocativa a Taiwan, que desferiu um sério golpe no princípio de Uma Só China e colocou em risco a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan.