"Todas as tentativas de transferir a responsabilidade para a Rússia são absurdas, declarou Antonov a repórteres nesta sexta-feira (5).
O embaixador explicou a atual crise alimentar com as consequências da pandemia de COVID-19, interrupções na cadeia de abastecimento, inflação, urbanização acelerada, fadiga acumulada do solo e alterações climáticas.
"As sanções antirrussas desempenham um papel especial aqui. As restrições são deliberadamente projetadas para confundir e intimidar empresas estrangeiras e dificultar muito a cooperação com empresas russas", observou o diplomata.
Antonov acrescentou que a Rússia está fazendo esforços para aumentar a segurança alimentar global.
Desde o início da operação militar especial russa, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de uma miríade de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.807 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.665 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.637), a Coreia do Norte (2.097), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).