Os novos recrutas ucranianos estão recebendo um curso de treinamento militar intensivo de cinco a dez dias em Donbass por ex-militares do Ocidente, segundo artigo de sexta-feira (5) no jornal The Guardian, que falou com membros do grupo de treinamento e alguns dos combatentes que eles treinam.
O Grupo Mozart é financiado principalmente por "doadores privados americanos" e inclui de 20 a 30 voluntários dos EUA, Irlanda, Reino Unido e outros países ocidentais, que, além de fornecer treinamento militar aos ucranianos também prestam ajuda humanitária a locais da linha de frente em zonas de combate, e evacuam "pessoas vulneráveis" de lugares de alto risco.
Dois membros do grupo disseram que os ucranianos recrutados geralmente carecem de treinamento militar adequado e não possuem as habilidades necessárias que, no mínimo, ajudariam a reduzir seu risco de serem mortos em combate rápido. Eles teriam sido civis antes da mobilização geral ordenada por Vladimir Zelensky, sem planos de entrar para o Exército, com apenas 10% deles tendo feito algum tipo de serviço militar.
"O governo ucraniano não quer dizer que a maioria de seus militares não é realmente treinada", resumiu Dathan, um ex-paramédico e membros do Grupo Mozart. Pela mesma razão, armas e equipamentos militares enviados à Ucrânia pelos EUA e outros aliados ocidentais "não são utilizados ou não são distribuídos adequadamente", escreve a mídia.
Um ex-soldado britânico, e membro do Grupo Mozart, que falou sob condição de anonimato, disse ter entendido, a partir de conversas com comandantes, que os mísseis Javelin antitanque de US$ 178.000 (R$ 919.238) estão sendo mal utilizados ou se tornando redundantes, já que suas sofisticadas baterias se esgotam antes que os tiros sejam disparados.
Andy Milburn, fundador do Grupo Mozart, disse que os membros não recebem nenhum financiamento do governo dos EUA, observando que tal passo tornaria o organização um grupo militar privado e diretamente implicado nos combates.