"Somos uma nação que tem os maiores custos energéticos na história. Já não somos independentes nem dominantes energeticamente como éramos há dois anos. Somos uma nação que implora o petróleo da Venezuela, Arábia Saudita e de muitos outros. 'Por favor, por favor, por favor, nos ajudem', disse Joe Biden", declarou o ex-presidente norte-americano durante o comício realizado na cidade de Waukesha, no quadro da campanha de alguns candidatos republicanos.
Paralelamente, referiu-se às estatísticas econômicas que auguram uma crise no país.
"Somos uma nação em declínio. Somos uma nação que está fracassando", declarou Trump ao mencionar que hoje em dia o seu país tem a maior taxa de inflação em 40 anos, enquanto o mercado bolsista acaba de terminar o pior semestre desde 1870.
Em março, os EUA introduziram o embargo ao petróleo russo pela sua operação militar na Ucrânia. Como resultado, o país tem enfrentado a alta dos preços da gasolina, que em 14 de junho marcou o seu recorde histórico ao atingir US$ 1,32 por litro (R$ 6,82), segundo dados da Associação Estadunidense do Automóvel (AAA).
Para aliviar a crise, Washington empreendeu uma série de medidas. Em particular, em maio autorizou o reinício de operações das petrolíferas norte-americanas e europeias com a Venezuela após anos de sanções contra o país sul-americano. Além disso, durante a visita de Biden à Arábia Saudita em julho, Riad anunciou que aumentaria a sua capacidade de produção diária de petróleo até 13 milhões de barris, mas só em 2027, depois do qual já não haverá tal possibilidade. Altos funcionários norte-americanos, incluído o presidente incumbente, declararam em várias ocasiões que o país não está em recessão, embora os dados do Departamento de Comércio estadunidense demonstrem o contrário.