"Outra coisa, pessoal, quem quer ser democrata, não precisa assinar cartinha, não. Se tiver que assinar que sou honesto, todo mundo vai assinar que é honesto. Democracia tem que sentir o que a pessoa está fazendo. (...) Falar todo mundo fala. Fazer cartinha todo mundo faz", criticou durante um evento organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), segundo o portal G1.
No entanto, Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (8) que o objetivo da carta, à qual já aderiram mais de 800 mil brasileiros, incluindo importantes empresários e banqueiros, é favorecer o retorno da esquerda ao poder.
"Vou dizer a vocês que vocês têm que olhar na minha cara, ver as minhas ações e me julgar por aí. Assinar cartinha eu não vou assinar. Até pra carta. É mais do que política. Uma carta é um objetivo sério de voltar o país nas mãos daqueles que fizeram isso conosco", disse o presidente, referindo-se aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT).
O manifesto, que terá seu lançamento em 11 de agosto com leitura pública, já foi assinado por oito pré-candidatos à presidência, de todas as tendências políticas. O último a aderir foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011), o favorito em todas as pesquisas de opinião.
Embora a carta não cite diretamente Bolsonaro, ela foi publicada em resposta aos contínuos ataques do presidente e de seus seguidores ao sistema de votação eletrônica.