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Rússia praticamente dobrou exportações para o Brasil, diz Ministério da Economia

Apesar das sanções que visam derrubar sua economia, a Rússia registrou um aumento de 95% nas exportações para o Brasil entre janeiro e julho deste ano.
Sputnik
Dados publicados pelo Ministério da Economia brasileiro confirmam a expansão comercial entre a Rússia e o Brasil. Entre janeiro e julho de 2021, o país tinha importado da Rússia um total de US$ 2,6 bilhões (R$ 13,2 bilhões). Já nos sete primeiros meses de 2022, a conta subiu para US$ 5,1 bilhões (R$ 26,04 bilhões).
O levantamento ainda aponta que, com o aumento do fluxo, os russos superaram alguns dos tradicionais parceiros comerciais do Brasil. A Rússia superou as vendas do México, da Coreia do Sul, do Japão, do Canadá e do acumulado de todos os países da Comunidade Andina.
No atual ritmo, não se descarta que o volume possa ultrapassar as compras de produtos argentinos feitas pelo Brasil, avaliadas hoje em US$ 7,1 bilhões (R$ 36,2 bilhões) nos sete primeiros meses deste ano.
Também nos sete primeiros meses deste ano, o Brasil aumentou as importações em média de todo o mundo, a uma taxa de 32%. Assim, se em 2021 os produtos russos representavam 2,2% de toda a importação brasileira, hoje eles já ocupam 3,3% das compras nacionais.
Da 11ª posição no ranking dos países com maior participação no mercado brasileiro em 2021, a Rússia hoje é a quinta colocada.
Esse dado, entretanto, conforme explicado em diversas reportagens da Sputnik Brasil, não é um indicativo fiel do peso da Rússia na economia brasileira, cujo agronegócio depende da compra de fertilizantes russos.
Em Brasília, a expectativa é que o fluxo comercial continue em um ritmo intenso. Entre julho de 2021 e julho de 2022, o aumento nas importações da Rússia foi de 127%, um dos maiores saltos entre os principais parceiros comerciais do Brasil.
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Bolsonaro reafirma que Brasil não lançará sanções econômicas contra Rússia
Desde fevereiro, o governo russo sofre embargos comerciais, financeiros e diplomáticos por parte de EUA e Europa. As medidas foram tomadas por conta do conflito na Ucrânia e na esperança de asfixiar a economia russa.
No Itamaraty, negociadores relataram ao portal UOL que, ao longo dos primeiros meses do conflito na Ucrânia, uma forte pressão foi feita por americanos e europeus sobre o Brasil para que o governo de Jair Bolsonaro aderisse às iniciativas para isolar a Rússia.
O Brasil, porém, não atendeu aos pedidos para aderir às sanções e manteve o diálogo com o Kremlin, inclusive optando por abstenções em resoluções nas Nações Unidas contra Putin.
Em certos debates, a diplomacia brasileira chegou mesmo a criticar as sanções contra a Rússia, alertando para o fato de que as medidas poderiam causar um aumento substancial da fome no mundo.
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