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Petrobras cede a novas regras, paga mais caro, mas Brasil volta a receber gás da Bolívia

Há três meses estatal boliviana realizou forte corte no fornecimento do combustível para território brasileiro, entretanto, a Petrobras cedeu para voltar a ter gás da Bolívia, que corresponde a 30% da oferta de gás no Brasil.
Sputnik
A Petrobras decidiu renegociar as condições de contrato com a boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e, mesmo agora pagando mais caro pelo metro cúbico de gás, o Brasil passará a receber 20 milhões de metros cúbicos do combustível por dia, relata o jornal O Globo.
Desde maio, a empresa boliviana cortou o fornecimento de gás para a Petrobras em cerca de 30%, e neste período, optou por vender o combustível para a Argentina a um preço maior por causa do aumento da demanda gerada pelo inverno, o que gerou críticas por parte da petrolífera e do governo brasileiros.
Em comunicado divulgado na sexta-feira (5) à noite, a estatal brasileira disse que celebrou novo aditivo com a YPFB para restabelecer o fornecimento. O aditivo prevê a manutenção do volume contratado "com flexibilização de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta".
Segundo Rivaldo Moreira Neto, economista e sócio da Gas Energy, o acordo com La Paz é essencial, pois o país vizinho ainda é relevante no fornecimento de gás.

"O gás da Bolívia é importante, pois a nova rota 3 de gasoduto do pré-sal está atrasada e só deve entrar em operação no ano que vem. Além disso, o preço do GNL é bem maior que o boliviano", apontou Moreira Neto citado pela mídia.

Ainda de acordo com o economista, com as negociações, a Petrobras teve de ceder e pagar mais caro pelo gás.
Dados da empresa brasileira apontam que o gás oriundo da Bolívia responde por cerca de 30% da oferta de gás no Brasil, ao lado da importação de GNL e do que é produzido nos campos pela estatal e seus parceiros.
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