"A Finlândia e a Suécia ainda não deram passos concretos em relação a acordos com a Turquia", disse Cavusoglu, em entrevista coletiva.
Após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, Helsinque e Estocolmo apresentaram pedidos para ingressar na aliança, em maio.
Em um primeiro momento, a Turquia foi contra o processo de apreciação das solicitações. Porém, mais tarde, em 29 de junho, Suécia e Finlândia se comprometeram a cumprir exigências de Ancara por meio da assinatura de um memorando de segurança com os tópicos de preocupações turcas.
O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto (à esquerda), o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e a ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, participam de entrevista coletiva após assinatura de protocolos de adesão à OTAN, na sede da aliança, em Bruxelas, em 5 de julho de 2022. Foto de arquivo
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Em 18 de julho, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Ancara podia travar o processo de adesão dos países à OTAN caso as exigências realmente não fossem cumpridas.
"Repito mais uma vez que, caso as nossas exigências não sejam cumpridas, o processo será congelado. Vemos que especialmente a Suécia não demonstra uma reação adequada", afirmou Erdogan em discurso ao país, conforme noticiou a agência turca Anadolu.
De acordo com o líder turco, "o posicionamento é firmemente manifestado" e "a escolha é dos países nórdicos".
A Rússia iniciou a operação especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.