"A integração regional precisa ser entendida como política de Estado que se propõe a criar mecanismos para a articulação de interesses e compromissos entre os países", afirma Robson Valdez, pesquisador do Núcleo de Estudos Latino-Americanos (NEL) da Universidade de Brasília (Unb), à Sputnik Brasil.
"Logicamente, não podemos ser ingênuos de achar que é um processo fácil, mas menos difícil do que com governos conservadores e beligerantes do ponto de vista político", indicou Pennaforte à Sputnik Brasil.
Novo polo de poder liderado por China e Rússia pode ajudar continente
"Um conjunto de países mais à esquerda realmente avançou bastante na institucionalização da região", afirmou à Sputnik Brasil, lembrando da fundação da agora extinta União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em 2008, durante a presidência de Lula.
"O [Gustavo] Petro estendeu o braço e o [Nicolás] Maduro está disposto a conversar. É muito interessante, até porque, de fato, eles têm uma visão de mundo parecida. Provavelmente veremos uma situação na qual a Colômbia deixará de condenar tanto as atitudes da Venezuela como vínhamos vendo no passado", disse Paz.
"É preciso retomar o espírito integracionista, especialmente diante da consolidação do polo de poder liderado por China e Rússia, que emerge dos desdobramentos da crise russo-ucraniana", afirmou.
"É preciso uma retomada da agenda de integração, via Unasul e Mercosul, propositalmente abandonada nos governos [Michel] Temer e Bolsonaro", disse.