"O ex-chanceler alemão Schroder abriu um processo contra o parlamento nacional a fim de recuperar os benefícios especiais dos quais foi privado em maio", diz a mensagem da agência no Twitter.
Anteriormente, o Comité do Orçamento do Bundestag privou o político de seus escritórios, mantendo apenas a pensão e uma equipa de segurança, garantidas a Schroder como a qualquer outro ex-chefe do governo alemão.
O Bundestag usou como justificação formal o fato de Schroder não estar usando os escritórios e não recrutar novos funcionários para substituir os que se demitiram após o início da operação militar especial russa na Ucrânia. Contudo, a decisão foi tomada em meio às críticas feitas a Schroder por ele seguir trabalhando com empresas russas apesar dos combates na Ucrânia.
Antes disso, 17 organizações partidárias regionais lançaram investigações jurídicas contra Schroder em resposta aos seus contatos com Vladimir Putin e o setor de gás e petróleo russo. Segundo a opinião de muitos membros do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD, na sigla em alemão), de que Schroder faz parte, o ex-chanceler não se distanciou da Rússia depois do início da operação militar. As tentativas de expulsar Schroder do partido, no entanto, não tiveram sucesso.
Em julho, o ex-líder alemão falou sobre os resultados da sua viagem a Moscou, durante a qual se encontrou pessoalmente com Vladimir Putin e realizou negociações sobre questões de energia. Gerhard Schroder apelou para as autoridades alemãs lançarem o gasoduto Nord Stream 2, acrescentando que não planeja pedir desculpas pelas relações de amizade com o presidente russo.