"Os países europeus se tornaram vítimas do conflito na Ucrânia — eles têm que lidar com uma crise de energia e um forte aumento nos preços. Além disso, as economias dos principais Estados europeus estão entrando em uma fase de recessão, o que pode provocar instabilidade política e social", explicou o autor em seu texto.
Como resultado, a Europa começou a duvidar das declarações dos EUA sobre a chamada ameaça ao Ocidente da Rússia e da China.
Em apoio às suas palavras, o observador citou a declaração de Wang Shuo, professor da Escola de Relações Internacionais da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim.
Ele está convencido de que os países europeus não vão sacrificar seus próprios interesses apenas para manter o sistema de aliança com Washington.
Lu ressaltou que, para a Europa, a Rússia é um vizinho que não pode ser ignorado e a China é o mercado mais importante.
"Nessa situação, a propaganda americana sobre as ameaças chinesas e russas dificilmente terá sucesso. Quanto mais Washington vê Moscou e Pequim como inimigos, mais difícil é unir aliados em torno de si", afirmou.
Após o início da operação especial russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente intensificou a pressão das sanções sobre Moscou.
Muitos países anunciaram o congelamento de ativos russos, e os apelos para abandonar a energia da Rússia tornaram-se mais estridentes.
Essas medidas acabaram virando problemas para a Europa e para os Estados Unidos, provocando um aumento nos preços dos alimentos e dos combustíveis.