Dados oficiais do Ministério da Economia revelam que as exportações do Brasil para a Venezuela ganharam um novo ritmo desde o ano passado, com os produtores brasileiros inundando o mercado venezuelano com milho, carne e bolachas em geral.
O volume é ainda baixo comparado ao que o Brasil chegou a exportar em 2012, quando o fluxo superou a marca de US$ 5 bilhões (R$ 25,4 bilhões). Naquele momento, o mercado venezuelano era o oitavo maior destino de vendas nacionais e a contração de exportações.
Em 2019, houve um retrocesso e os valores desabassem. Em 2016, o Brasil tinha exportado US$ 1,6 bilhão (R$ 8,1 bilhões). Em 2019, no primeiro ano do atual presidente brasileiro no poder, o volume caiu para apenas US$ 420 milhões (R$ 2,14 bilhões).
No ano passado, o Brasil voltou a exportar uma vez mais acima de US$ 1 bilhão (R$ 5,09 bilhões) para o mercado venezuelano. Em 2022, esse montante deve ser amplamente superado. Até junho, o país já havia exportado mais de US$ 713 milhões (R$ 3,63 bilhões).
Os alimentos e produtos agrícolas puxaram a alta. As vendas de óleo de soja brasileiro, até julho, somavam mais de US$ 120 milhões (R$ 611,6 milhões).
Preparações alimentícias saltaram de US$ 4 milhões (R$ 20,3 milhões) em 2019 para US$ 75 milhões (R$ 38,2 milhões) em 2022. Os enchidos de carne passaram de uma exportação inexistente para US$ 54 milhões (R$ 275,2 milhões) neste ano.
Os dados do açúcar são os mais expressivos. Após cair para apenas US$ 19 milhões (R$ 96,8 milhões), em 2019, em apenas sete meses deste ano, eles já somam US$ 48 milhões (244,6 milhões). Saltos impressionantes também foram registrados no comércio do milho, margarina e bolachas brasileiras.
As importações ao Brasil de produtos venezuelanos também tiveram uma alta substancial. De US$ 80 milhões (R$ 407,7 milhões) no primeiro ano do governo Bolsonaro, até julho de 2022, já está em US$ 176 milhões (R$ 897,1 milhões).