"O alvo aéreo violou a fronteira da Rússia na área do cabo Svyatoy Nos. As ações da tripulação do MiG-31BM forçaram a aeronave de reconhecimento a sair do território russo", disse o órgão em comunicado.
A aeronave foi identificada como um Boeing RC-135 da Força Aérea Real, braço aéreo das Forças Armadas do Reino Unido.
Ainda não está claro se a violação do espaço aéreo russo foi deliberada, embora o conjunto de equipamentos de precisão do RC-135, que auxiliam na coleta de informações eletrônicas e de sinalizações, reduza a probabilidade de um desvio acidental de seu curso.
O Ministério da Defesa russo não detalhou quais ações o MiG-31BM tomou para forçar a saída do intruso. O Ministério da Defesa britânico não comentou o incidente.
O Reino Unido e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) realizam reconhecimento aéreo e prática de missão de ataque ao longo das fronteiras aéreas e marítimas do norte, oeste, sul e leste da Rússia regularmente.
A Força Aérea russa se mantém atenta aos movimentos e lança caças sempre que jatos, bombardeiros ou veículos aéreos não tripulados estrangeiros se aproximam de seu território.
O caso é parecido com uma provocação do ano passado envolvendo a navegação de um destróier britânico em águas russas na região da Crimeia.
Mais tarde, o jornal The New York Times revelou, com base em informações de oficiais britânicos, que o suposto incidente foi, na verdade, uma operação deliberada e planejada pelo secretário de Estado para a Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, e pelo então primeiro-ministro, Boris Johnson, com o objetivo de elevar as tensões com Moscou.
Patrulhas navais russas foram forçadas a lançar tiros de advertência contra o destróier britânico errante. A provocação de fato piorou as relações entre os dois países.