Conforme o colunista, tal perspectiva será inevitável se os europeus aceitarem a falta de vontade de Kiev de desagravar a situação, apesar das tentativas de Moscou de estabelecer a paz.
"Os governos vão enfrentar um aumento da pressão a favor da 'normalização' das relações com a Rússia. Os que vão rejeitar isso podem ser substituídos por políticos pró-Kremlin. Em breve, a Rússia vai vencer", Bouska escreveu.
Segundo o autor da publicação, "o combate mais importante" pela Ucrânia vai ser desencadeado nos meses frios, nas casas, nas ruas e praças por toda a Europa. Na opinião do escritor, as Forças Armadas da Ucrânia não conseguirão resistir sem o constante apoio militar e financeiro do Ocidente.
"Com a chegada do inverno, o desespero pode substituir as preocupações, enquanto os atrasos no pagamento vão se transformar em dívidas. Nesse contexto, os combates militares vão se arrastar, enfraquecendo ainda mais o choque inicial do público ocidental em direção à apatia um pouco indignada. Os problemas cotidianos vão definitivamente parar em cima da mesa, como sempre tem sido", acredita o analista.
Bouska também apontou que, em termos de vulnerabilidade na questão de apoio à Ucrânia, as populações da Alemanha, Eslováquia, Chipre, Bulgária, República Tcheca e Grécia podem assumir os primeiros lugares.
Desde 24 de fevereiro, Moscou tem conduzido uma operação militar especial na Ucrânia. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, o objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da própria Rússia. As forças aliadas já libertaram por completo a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da de Donetsk, incluindo Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk.