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Empresas japonesas podem renovar em breve acordo com novo operador do projeto Sakhalin 2, diz mídia

Várias empresas japonesas estão considerando concluir um contrato com o novo operador do projeto de petróleo e gás Sakhalin 2, informou a agência de notícias Kyodo nesta sexta-feira (19), citando fontes familiarizadas com o assunto.
Sputnik
O novo operador, Sakhalin Energy LLC, que recebeu os direitos e obrigações do operador anterior Sakhalin Energy Investment Company Ltd nesta sexta-feira, foi estabelecido no dia 5 de agosto por um decreto do presidente russo Vladimir Putin em conexão com as ações hostis de Estados estrangeiros contra Rússia.
Durante o trabalho do operador anterior, a gigante russa de energia Gazprom detinha cerca de 50% das ações, a Shell – cerca de 27,5% e as tradings japonesas Mitsui & Co. e holding Mitsubishi Corp. – 12,5% e 10%, respectivamente. O futuro dos antigos acionistas é incerto, todas as empresas precisam de se candidatar a uma participação na nova operadora até o dia 4 de setembro.
Segundo a agência de notícias Kyodo, o projeto de petróleo e gás Sakhalin 2 representa 9% das importações de gás natural liquefeito (GNL) do Japão e uma renovação de contratos poderia mitigar a necessidade de aumento dos preços dos combustíveis, o que seria inevitável se o país procurasse fontes alternativas de GNL.
Panorama internacional
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Na quarta-feira (17), o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão já pediu à Mitsui e à Mitsubishi que considerem maior participação no projeto, já que o Sakhalin-2 é um importante fornecedor de energia para o país. A Mitsui disse à Sputnik que agiria de acordo e com base em discussões com seus parceiros e o Estado, e a Mitsubishi disse que ainda não havia decisão sobre o assunto.
O projeto Sakhalin-2 está explorando duas reservas no Extremo Oriente da Rússia, no nordeste da plataforma de Sacalina, no mar de Okhotsk. A infraestrutura inclui três plataformas offshore, uma instalação integrada de processamento terrestre, um terminal de transporte de petróleo e uma usina de GNL com capacidade de 9,6 milhões de toneladas por ano.
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