Em um comunicado à imprensa, Rogov destacou que a segurança da usina foi reforçada, embora não seja possível divulgar todos os detalhes. "Estamos bem preparados, pois tudo pode ser esperado do regime [Vladimir] Zelensky", comentou.
O sistema de proteção da central nuclear de Zaporozhie foi fortalecido devido a uma possível tentativa do Exército ucraniano de atacar a instalação, disse Rogov à Sputnik.
Mais cedo, o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, o tenente-general Igor Konashenkov, disse que o regime de Kiev estava preparando uma "provocação" na usina nuclear de Zaporozhie durante uma visita à Ucrânia do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
O tenente-general Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa de Radiação, Química e Biológica, disse na quinta-feira (18) que, devido às ações de Kiev na usina nuclear de Zaporozhie, pode surgir uma situação semelhante ao que aconteceu em Chernobyl e Fukushima.
Em caso de falha dos geradores a diesel de reserva e das bombas móveis, em caso de situação de emergência, o núcleo pode superaquecer.
Como resultado, "a destruição dos reatores na maior usina nuclear da Europa vai liberar substâncias radioativas na atmosfera por centenas de quilômetros", desse Igor Kirillov.
A usina nuclear de Zaporozhie está localizada na margem esquerda do rio Dniepre, perto da cidade de Energodar. Ela está, desde março, sob a proteção dos militares russos para prevenir o vazamento de material radioativo, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Desde o início de agosto, as tropas ucranianas intensificaram o bombardeio contra a usina nuclear. Segundo Vladimir Rogov, os militares das Forças Armadas ucranianas têm usado mísseis guiados e projéteis de fabricação ocidental durante os ataques.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, apontou que se as forças russas deixassem a usina, ela ficaria vulnerável à ação de Kiev e qualquer tipo de provocação para culpar a Rússia poderia ser feita.