"Dificuldades relacionadas com cadeias de suprimentos e a tensão geopolítica vão provavelmente persistir. Entretanto, a Rússia reduziu drasticamente o fornecimento de gás, enquanto os preços do gás natural e da eletricidade aumentaram mais do que era esperado", afirmou o economista.
Segundo Nagel, o problema da alta inflação também vai preocupar a Alemanha em 2023. À medida que a crise energética se vai aprofundar, é provável que haja uma recessão no próximo inverno, previu o especialista.
A Europa está atualmente enfrentando problemas graves com o fornecimento do combustível, já que o principal gasoduto russo, o Nord Stream (Corrente do Norte), está operando a apenas a 20% da capacidade total. Além disso, em 19 de agosto a Gazprom, que é a fornecedora russa de gás, a maior no mundo, anunciou que o funcionamento do gasoduto pararia por três dias, de 31 de agosto a 2 de setembro, devido a trabalhos de manutenção programados na única unidade de bombeamento de gás em funcionamento.
As dificuldades com o fornecimento aos países da União Europeia surgiram devido à manutenção inadequada e atrasos no retorno do reparo das turbinas da empresa alemã Siemens que eram usadas na estação de compressão Portovaya para fornecer o combustível.
A Gazprom enfrentou obstáculos significativos ao tentar recuperar uma das turbinas do Canadá, que tinha imposto sanções contra a empresa russa. O governo canadense só autorizou o retorno do dispositivo em 10 de julho, não tomando em conta as disposições do contrato, e enviou a turbina à Alemanha, em vez da Rússia. Para a turbina ser enviada para mais longe, é preciso obter autorização das autoridades da União Europeia e do Reino Unido.