Em visita à Colômbia nesta quarta-feira (24), o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, ofereceu seu país para sediar as conversas entre o governo colombiano e a última guerrilha ativa no país, o ELN.
"Estamos interessados em ajudar de todas as formas possíveis para estabelecer a paz na Colômbia, ajudando com o que o governo pedir. Nós nos oferecemos para ajudar em tudo que possa servir para alcançar a paz, e nos oferecemos para sediar essas negociações", afirmou Sánchez citado pelo jornal O Globo.
No entanto, a realização das reuniões na Espanha poderia encontrar alguns problemas legais, como as ordens de busca e captura ou extradição que pairam sobre alguns dos guerrilheiros.
Há duas semanas atrás, o governo de Petro – que no âmbito da iniciativa para estabelecer a paz com a guerrilha cumpre promessa de campanha – enviou uma delegação colombiana a Cuba para sondar a disposição de guerrilheiros do ELN, radicados em Havana desde 2018, para negociar um acordo de paz.
O chefe da guerrilha, Eliécer Erlinto Chamorro, sinalizou que está disposto a conversar, desde que essa nova rodada de negociações comece do ponto onde parou com [o ex-presidente da Colômbia] Juan Manuel Santos, que também negociou o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), em 2016, pondo fim a cinco décadas de conflito.
Já o premiê espanhol cumpre agenda turnê pela América Latina, incluindo Equador, onde terá um encontro com o presidente Guillermo Lasso, e Honduras, onde visitará a recém-eleita Xiomara Castro.