Panorama internacional

Empresa japonesa permanecerá no projeto russo de exploração de gás Sakhalin-2, diz mídia local

Na quarta-feira (24), a empresa japonesa Mitsubishi Corporation anunciou que manterá sua participação no projeto russo de exploração de gás Sakhalin-2, após a transição para um novo operador, informou a mídia japonesa.
Sputnik
Conforme publicou a agência especializada Nikkei, a Mitsubishi optou pela permanência no Sakhalin-2. Com isso, a empresa se junta à também japonesa Mitsui & Co., que recentemente decidiu notificar o lado russo de sua continuidade no projeto.
A expectativa é que ambas as empresas anunciem oficialmente suas decisões até o fim do mês com uma análise detalhada das ações por parte do lado russo. A agência disse também que ainda não se sabe se as empresas japonesas receberão a aprovação da Rússia após a notificação.
Na semana passada, o novo ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Yasutoshi Nishimura, realizou um encontro com representantes das duas empresas para pedir que as companhias mantivessem suas participações no projeto russo.
Nishimura destacou que a manutenção da presença das empresas japonesas no Sakhalin-2 seria importante em termos de segurança energética e fornecimento estável de energia ao Japão. O Sakhalin-2 garante ao Japão 10% de suas importações totais de gás natural liquefeito (GNL).
Projeto Sakhalin-2, na ilha Sacalina
Em julho, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que permite à Rússia criar uma nova operadora para assumir o comando do Sakhalin-2, a Sakhalin Energy Investment Co. A expectativa é que, nesta nova fase, a estatal russa Gazprom mantenha participação majoritária de 50% mais uma ação no projeto.
Já a petrolífera Shell deve vender sua participação de 27,5% no Sakhalin-2. As japonesas Mitsui e Mitsubishi devem manter suas participações de 12,5% e 10%, respectivamente.
O projeto Sakhalin-2 explora duas reservas no Extremo Oriente da Rússia, localizadas no nordeste da plataforma de Sacalina, no mar de Okhotsk. A infraestrutura envolvida inclui três plataformas offshore, uma instalação integrada de processamento terrestre, um terminal de transporte de petróleo e uma usina de GNL com capacidade de 9,6 milhões de toneladas por ano.
Comentar