Stoltenberg escreveu um artigo para o jornal canadense Globe and Mail, em que salientou que nos últimos anos a Rússia "tem aumentado as suas atividades militares no Ártico de forma significativa".
"As capacidades da Rússia de confrontar as unidades dos aliados no Atlântico Norte representam um desafio estratégico para a Aliança Atlântica", escreveu o secretário-geral da OTAN.
Nesse contexto, Stoltenberg mencionou a China, que, conforme o chefe da aliança, também está "ampliando a sua presença na região", posicionando-se como um "Estado ártico" e planejando criar a "Rota da Seda Polar", que unirá a China à Europa através do Ártico.
"Anteriormente neste ano, Pequim e Moscou assumiram o compromisso de intensificar a cooperação prática no Ártico no âmbito do aprofundamento da parceria estratégica, que lança um desafio aos nossos valores e interesses", pronunciou Stoltenberg.
Segundo o secretário-geral da aliança, a OTAN está "interessada em preservar a segurança, estabilidade e cooperação no extremo Norte". Ele também salientou que "assim que a Finlândia e a Suécia se juntarem à aliança, sete dos oito Estados árticos vão fazer parte da OTAN".
"A participação da Finlândia e da Suécia vai fortalecer significativamente as nossas posições no extremo Norte e as nossas capacidades de fortalecer os nossos aliados bálticos", opina Stoltenberg.
Mais cedo, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que a participação oficial de Helsinque e Estocolmo no planejamento estratégico da OTAN e a possível instalação no território destes Estados de armas mudará as condições da segurança no Báltico e no Ártico, requerendo a revisão de abordagens à defesa do território russo.