Panorama internacional

Senador americano chama Turquia de nova ameaça, junto com Rússia e China

Robert Menendez, presidente do Comitê de Relações Internacionais do Senado norte-americano, chamou a Turquia de maior ameaça no Mediterrâneo Oriental e a incluiu na lista de principais desafios para a comunidade internacional, junto com a China, a Rússia e as mudanças climáticas.
Sputnik
Menendez falava durante a cerimônia de doutoramento "honoris causa" da Universidade Nacional Capodistriana de Atenas, Grécia, informou a mídia local.

"Não poderia imaginar um lugar melhor do que aqui para compartilhar minha opinião sobre os desafios que a Rússia, China e Turquia criam ao nível internacional, bem como sobre a crise climática que atingiu o mundo", disse o senador.

"Não tenho que explicar a ninguém nesta sala que a Turquia permanece uma ameaça constante e imediata no Mediterrâneo Oriental. Embora a Turquia seja aliada na OTAN, o país desafia a soberania da Grécia com voos provocativos no mar Egeu. A violação do espaço aéreo por caças é um comportamento inaceitável para qualquer país", afirmou.
O senador também abordou o assunto da "ocupação ilegal" de parte de Chipre pela Turquia.

"Não são ações de um país democrático e, quanto a mim, não penso que os EUA devam lhes fornecer sistemas de armas modernos", afirmou Menendez.

Ele acusou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de praticar uma política divisória tanto no Leste Europeu, como na Transcaucásia e na Europa.
Ao falar sobre as relações grego-americanas, o senador expressou sua confiança no fortalecimento dos laços nos âmbitos da economia, segurança e solidariedade regional.
Bloomberg: Turquia não comprará caças F-16 dos EUA com restrições de uso
A Turquia planeja comprar nos EUA 40 caças F-16 e modernizar mais 80 que estão em serviço. O presidente Joe Biden sublinhou que espera receber a autorização do Congresso para vender os caças a Ancara. O senador Menendez, no entanto, tem o direito de vetar a venda destes aparelhos à Turquia.
A Grécia expressa ativamente sua oposição ao contrato, o que foi uma das razões por que Erdogan se recusou a falar com o premiê grego, Kyriakos Mitsotakis, tendo-o acusado de violação dos acordos alcançados.
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